Oláá, aqui vai outro episódio e
vou-me deixar destas introduções LOL,
para quem já não se lembra da Haley, pode ir ao capitulo 19 que está lá
a apresentação,
portanto enjoy!
Idade: ?
Descrição: Bobby Singer é um Caçador de Demônios profissional. Por muitos anos ele foi amigo de John Winchester e de Dan Scott, e agora é um tipo de pai substituto dos dois filhos de John, Sam e Dean. Ele aparece quando os rapazes precisam dele. Sempre com uma literatura vasta sobre as criaturas sobrenaturais, encantamentos, exorcismos, objectos e contactos valiosos. Além de ser experiente, Bobby é também muito inteligente. Ele sabe exactamente o que fazer quando alguma coisa dá errada, sabe examinar a situação e sabe administrar os seus dons e conhecimentos. Escondia caixas lacradas com objectos amaldiçoados. Bobby é um segundo pai para a família Winchester.
27º - O que está feito, feito está
- Estás a chorar? – perguntou nervoso. Encostou-se á porta e tentou abri-la. – Tânia abre a porta! – levantou o tom de voz.
Ouvi gritos vindos da casa de banho e apressei-me até lá, seguida do Dean e do Bobby.
- O que é que se passa? – perguntei com um tom exaltado.
- Ela diz que está a chorar. – respondeu ele, claramente preocupado.
- Não deve ser o período a falar? – perguntou o Dean com um ar descontraído.
Todos lhe lançaram um olhar mortífero.
- Ok. ‘Tava só a tentar ajudar! – fez-nos uma careta.
- Ela não costuma ser assim. – disse para mim mesma, mas numa entoação em que todos ouviram. Aproximei-me da porta e bati três vezes. – Abre, sou eu.
Ela abriu-me a porta, para espanto do Sam.
- Só entra ela! – avisou em voz alta, sempre escondida pela porta.
Encolhi os ombros e olhei para o Sam para pedir desculpa e ele percebeu pelo meu olhar. Fechei a porta e virei-me para a minha irmã. Estava sentada na sanita, com os cotovelos enterrados nas pernas e com as mãos a tapar a sua cara. Vê-la assim feria-me, até porque era a minha maninha, dissessem o que dissessem, mas nestes momentos não sabia como reagir, se a abraçava ou se era melhor dar-lhe o seu espaço.
- O que é que se passou? – perguntei encostando-me ao lavatório do lado oposto donde ela estava.
Entre soluços e fungadelas murmurou:
- Acho que estou grávida.
- O quê?! – perguntei perplexa. – Como é que isso aconteceu?
- Olha como é que achas? – respondeu retoricamente, desta vez olhando para mim e fazendo-me mostrar os seus olhos vermelhos que nem rubis.
Limitei-me a olhar para ela atónita com o que acabara de ouvir. Levei a mão direita á cara e tapei a boca que se recusava a fechar. Já tinha tanta coisa na minha mente e ainda vinha mais isto á baila.
- Explica-me melhor a situação.
- Tenho andado um pouco esquisita ultimamente. – confessou desassossegada com a situação.
- Esquisita como? – inquiri.
- Para já as minhas mamas tão bem maiores. – queixou-se incomodada.
- Pensava que era isso que sempre quiseste. – retorqui com um brando sorriso.
Ele respondeu-me com um simples olhar fatal, escondi velozmente o sorriso e mantive-me séria.
- De duas em duas horas tenho vontade de vir á casa de banho e hoje tive enjoo matinal. Ah e não esquecendo que o período ‘tá atrasado. – pronunciou alterada.
Mantive-me boquiaberta e agora ainda mais preocupada.
- Ok, vamos ter calma, pode ser um falso alarme. Comes qualquer coisa e de seguida vamos á farmácia. – decidi.
- É melhor o Sam não saber de nada. – disse ela nitidamente preocupada.
Assenti com a cabeça, limpei-lhe as lágrimas que escorriam pela cara e mostrei-lhe um sorriso que transmitia segurança. Saímos da casa de banho de mão dada. Mal chegámos á sala todos os olhos pousaram em nós.
- Está tudo bem! Não se preocupem. – anunciei para que todos ouvissem.
A Tânia foi o caminho todo com a cabeça baixa, talvez com vergonha ou até medo de encarar o Sam. Ele não conseguia tirar os seus olhos dela, cheios de inquietação. Procurei algo para comer, já que os outros já estavam de boca cheia á mesa. Preparei um pão com fiambre para a minha irmã e um galão para mim. Com todos sentados á mesa, o silêncio governava e decidi ser eu a pôr-lhe fim.
- Já sabes alguma coisa do pai? – perguntei ao Bobby, levando a caneca á boca.
- Não. – responde rapidamente, sem olhar para mim, pois sabia que o seu olhar o ia denunciar novamente.
- O pai ‘tá desaparecido outra vez? – levantou a cabeça pela primeira vez.
- Sim, mas tenho a certeza que está bem. – respondi, olhando para o Bobby para que ele percebesse que sabia que ele estava a mentir.
Onde é que esse se tinha enfiado agora?! Belo momento para desaparecer, deixa-me o peso nos ombros e foge! Deixei a caneca vazia na cozinha e avisámos todos que íamos sair, claro que não dissemos que íamos á farmácia senão era aí que o Sam se passava de vez. Dava para ver pelo seu olhar que ele estava tenso e preocupadíssimo com a Tânia, mas resolveu não dizer nada já que mais ninguém tinha tocado no assunto. Avisámo-los que íamos logo para casa e que quando quisessem que fossem lá ter. Despedimo-nos do Bobby e fizemo-nos ao caminho. Percorremos uns 3 quilómetros até ao centro da cidade, onde encontrámos uma farmácia. A Tânia lá pediu envergonhadamente o teste de gravidez e pagou. Dirigimo-nos para casa no meu carro, ambas em silêncio. A minha irmã grávida era uma anedota. Ela que só queria filhos aos quarenta anos e isto é, se os quisesse de todo. E ainda para mais, não estando numa relação séria e estável, ia ser bonito, ia.
Chegámos a casa e ela apressou-se para a casa de banho. Fiquei á espera na sala, ansiosa pelo resultado mas também alarmada. Ela saiu com o aparelho nas mãos e disse que tínhamos de esperar cinco minutos. Enquanto esperávamos o meu telemóvel tocou, “I just called to say I love you, I just called to say how much I care, I just called to say I love you and I mean it from the bottom of my heart” era um número que não conhecia mas atendi na mesma.
- ‘Tou?
- Carol? – perguntou uma voz feminina aguda que de certa forma eu reconhecia.
- Sim, é ela. – respondi ainda não percebendo quem era.
- É a Haley! Lembras-te de mim?
- Oh meu Deus, Haley! – disse olhando para a Tânia com os olhos esbugalhados.
- Haley? – sussurrou a Tânia intrigada.
Afirmei com a cabeça.
- Há tanto tempo! ‘Tava a mexer numa caixa antiga e reparei numa foto nossa e resolvi ligar-te. – disse numa voz apressada.
- Fizeste bem. – retorqui relembrando-me da sua figura.
- Temos de combinar qualquer coisa, temos muito que falar. – disse eufórica.
- Sim, claro. É quando quiseres! – desta vez não lhe prestei muita atenção, pois a minha irmã tinha-me feito sinal que já tinham passado os cinco minutos. – Olha, eu já te ligo, até já. – E desliguei. Agora era o momento da verdade! Ela podia não ser minha irmã biológica, mas era como se fosse. Seria ou não tia?
. 27º - O que está feito, f...